Este mapa procura contribuir para a
divulgação da música tradicional portuguesa e dos
respectivos instrumentos. Não pretende ser uma obra
académica ou a palavra final e única, mesmo que
sintética, sobre esta matéria, mas, não o sendo, segue
com rigor a palavra de quem lhe consagrou todo o seu
trabalho.
O critério de divisão geográfica por já desusadas
províncias, ainda que discutível,
pareceu-nos o mais adequado e eficaz, atendendo às
particularidades geográficas e sociais de cada região e
à permanência dos seus nomes na nossa memória.
Adoptou-se, porém, genericamente, a
distinção de Ernesto Veiga de Oliveira, figura maior e
indisfarçável deste trabalho, entre o litoral do Minho
ao Tejo, depois prolongado na costa algarvia - festivo,
social e folgazão -, e o interior dos planaltos
transmontano e beirão, que se estende, embora com
particularidades, ao Alentejo - austero, grave e
cerimonial. |